sábado, 27 de outubro de 2007

Destaque

Trabalho Fotográfico
Tema: Atividade física e qualidade de vida
Local: Tropical Center Academia


Atualmente, as pessoas estão buscando as academias não apenas pela estética, mas também pela qualidade de vida.
A atividade física regular moderada é uma das maneiras mais fáceis para melhorar sua saúde e mantê-la em bom estado,enriquece nossa existência, proporcionando uma qualidade de vida superior. Ela ajuda a prevenir e controlar certas doenças tal como, diabetes, obesidade, doenças cardiovasculares e osteoporose. Inúmeras pesquisas apontam os benefícios da atividade física como sendo uma garantia para um envelhecimento saudável.
Além disso, exercícios físicos diminuem o stress causado pela rotina do dia-a-dia, elimina o cansaço do trabalho, contribui, também, para minimizar os problemas cerebrais, coronários, pulmonares, musculares, ósseos e de vasos sanguíneos. Ajudam, ainda, a evitar outros vícios causados pelo sedentarismo, como tabagismo, alcoolismo e outras drogas.
A atividade regular promove o crescimento e desenvolvimento saudável da criança e jovem. Ainda aumenta a confiança, auto-estima e sentimento de auto eficácia. Os benefícios também se estendem para os idosos quer pelos hábitos adquiridos ao longo da vida, quer pelos adquiridos a partir dos novos programas de atividade física. É importante para um envelhecimento saudável aumentar e manter a qualidade de vida e a independência. A atividade física diária auxilia as pessoas com dificuldades físicas pela melhora na mobilidade e incremento nos níveis de energia. Também pode prevenir ou diminuir certas incapacidades.

Trabalho fotográfico

Atividade física e qualidade de vida





sexta-feira, 26 de outubro de 2007

domingo, 21 de outubro de 2007

Trabalho fotográfico

Tema: Atividade física e qualidade de vida










terça-feira, 9 de outubro de 2007

Segurança ao Romeiro

Romeiro seguro



Nos dez dias de festa, cerca de mil homens foram escalados para garantir a segurança dos romeiros. A Polícia Militar do Ceará, através do comando do 4° Batalhão Policial (4°BPM), montou a “Operação São Francisco”. O policiamento ostensivo foi composto por 211 policiais da CPRV, da Cavalaria, do Pelotão de Motos, além de policiais motorizados, a pé do serviço reservado que assegurou a tranqüilidade da população, principalmente nos pontos de grande concentração de fiéis. A operação contou ainda com a participação das Polícias Rodoviária Federal, Civil, Corpo de Bombeiros, Guarda Municipal, além de seguranças particulares e grupos especiais em segurança pública e 102 fiscais contratados que monitoraram, de forma ininterrupta, todos os pontos de visitação turística da cidade.

Festa de São Francisco das Chagas

Recepção ao Romeiro



Os peregrinos foram recebidos pela equipe de Apoio de Informações ao Romeiro, instalada na Casa dos Milagres. Cento e vinte guias ficaram nos principais pontos turísticos do município. Além disso, o secretário do Desenvolvimento Econômico e Infra-Estrutura informou que o governo investiu na infra-estrutura da cidade, o que deu mais conforto aos visitantes. “O governo entrou com a sinalização de placas, algumas demarcações, 100 banheiros móveis em pontos estratégicos, seis estandes de apoio, balões indicativos e dez guaritas altas da Polícia Militar”, complementou.

A organização das vias também preocupou os promotores da romaria. Foi feita uma demarcação em toda cidade e um cadastramento para os camelôs. Além disso, toda a iluminação pública da entrada do município recebeu melhorias: foram colocadas lâmpadas coloridas e de maior potência e as ruas que dão acesso à estátua de São Francisco foram sinalizadas.

Todas as esferas do município se uniram num trabalho integrado com a Ação Social Mobilizada, que contou com equipes do Juizado de Menores, S.O.S Criança, que montou um plantão com atendimento especial junto aos abrigos e nos locais de intenso fluxo de romeiros.

Em Canindé-Ce

FESTA DE SÃO FRANCISCO DAS CHAGAS
Pau-de-arara



A maior festa franciscana das Américas aconteceu de 24 de setembro a 04 de outubro, com o tema: “São Francisco evangelizou amando a criação, faça você hoje”. A intenção da paróquia é promover uma reflexão entre os participantes das festividades em virtude do alto índice de violência contra o ser humano e as agressões à fauna e à flora, a partir do exemplo de vida de São Francisco, homem que deu um exemplo de despojamento e humildade, amor à Deus e aos pobres, protetor dos animais e da natureza. A devoção ao santo é tamanha que o Vaticano concedeu à Igreja de São Francisco de Canindé o status de Basílica, título concedido apenas aos principais roteiros de peregrinação cristã no mundo.

Para a festa de São Francisco das Chagas de Canindé deste ano, a parceria com o governo, prefeitura e paróquia foi reforçada. O somatório de recursos e planejamento proporcionou maior organização ao evento, além de garantir ao romeiro uma boa estadia, principalmente no que se refere à segurança, infra-estrutura e saúde.

A peregrinação a pé é uma marca da expressão da religiosidade latino-americana. Cena comum, em tempo de romaria, é ver grupos caminhando na estrada, rumo a Canindé, um percurso de mais de 120 quilômetros. O fluxo de pedestres na estrada, somado ao vai e vem de ônibus, paus-de-arara e carros fretados, aumenta o risco de acidentes. Preocupação para os órgãos de trânsito, que intensificaram o trabalho de fiscalização nas rodovias. Segundo o secretário do Desenvolvimento Econômico e Infra-estrutura, Jesus Romeiro Júnior, este ano, um acordo garantiu a circulação dos paus de arara pelas estradas, atendendo a um pedido da paróquia. “Foi facilitada a passagem desses carros até mesmo porque, no ano passado, houve um grande problema e muitos paus-de-arara tiveram que voltar”, declarou.

domingo, 9 de setembro de 2007

Lente fotográfica


Lente fotográfica, ou objectiva, é o elemento ótico que foca a luz da imagem no material sensível (filme fotográfico ou sensor digital) de uma câmara fotográfica.
As objectivas podem estar embutidas no corpo da câmara (como numa câmara compacta) ou podem ser intermutáveis (como em câmaras SLR). A objectiva permite controlar a intensidade da luz que a atravessa (abertura) através do diafragma, permitindo maiores ou menores exposições à luz. A abertura é medida em números-f. f/2, f/2.8, f/4, f/5.6, f/8, f/11, f/16, f/22 (números maiores correspondem a menores aberturas). A distância focal (medida em milímetros) de uma objetiva indica o seu grau de ampliação da imagem e o seu ângulo de visão. Uma objectiva de 50mm, diz-se uma objectiva normal e corresponde aproximadamente ao angulo de visão do olho humano. Todas as distancias focais abaixo de 50mm são consideradas grande angular, pois oferecem um maior angulo de visão, e todas as distancias focais acima dos 50mm são consideradas teleobjetiva, pois têm um angulo de visão inferior e aproximam a imagem. As objectivas podem ter apenas uma distância focal, comumente chamads de "focal fixa" ou simplesmente "fixas", ou permitir um intervalo de distâncias focais, como por exemplo 28-80mm. Estas últimas denominam-se zoom.

Lentes/ Objectivas
Para entender um pouco de objectivas uma de 24mm equivale a 75graus e uma objetiva de 300mm equivale a 12 graus.A olho de peixe, 12mm, fotografa os pés e a cabeça. Uma 500mm (aquelas que vemos em jogos de futebol) consegue fotografar só o guarda-redes do outro lado do campo de futebol.Ou seja, as lentes com valores inferiores a 50mm são consideradas Grande Angulares e com valores acima de 50mm são consideradas teleobjetivas.

Fonte: http://pt.wikipedia.org/wiki/Lente_fotogr%C3%A1fica

Fotografia como arte

O homem sempre tentou reter e fixar movimentos do mundo, começando com desenhos na caverna, passando pela pintura em tela e escultura, e, por fim, chegando a fotografia. Esse é um meio de comunicação de massa, sendo muito popular em nossos dias e nascido na Revolução Industrial.
De acordo com Barthes (1984, p. 21), muitos não a consideram arte, por ser facilmente produzida e reproduzida, mas a sua verdadeira alma está em interpretar a realidade, não apenas copiá-la. Nela há uma série de símbolos organizados pelo artista e o receptor os interpreta e os completa com mais símbolos de seu repertório.
Fazer fotografia não é apenas apertar o disparador. Tem de haver sensibilidade, registrando um momento único, singular. O fotógrafo recria o mundo externo através da realidade estética.
Em um mundo dominado pela comunicação visual, a fotografia só vem para acrescentar, pode ser ou não arte, tudo depende do contexto, do momento, dos ícones envolvidos na imagem. Cabe ao observador interpretar a imagem, acrescentar a ela seu repertório e sentimento.

"Fotografar é colocar na mesma linha de mira a cabeça, o olho e o coração".
(Henri Cartier-Bresson)

Fonte: http://pt.wikipedia.org/wiki/Fotografia

Memória e afeto

Na fotografia encontra-se a ausência, a lembrança, a separação dos que se amam, as pessoas que já faleceram, as que desapareceram.
Para algumas pessoas, fotografar é um ato prazeroso, de estar figurando ou imitando algo que existe. Já para outras, é a necessidade de prolongar o contato, a proximidade, o desejo de que o vínculo persista.
Strelczenia, 2001, apud Debray (1986, p. 60) assinala que a imagem nasce da morte, como negação do nada e para prolongar a vida, de tal forma que entre o representado e sua representação haja uma transferência de alma. A imagem não é uma simples metáfora do desaparecido, mas sim “uma metonímia real, um prolongamento sublimado, mas ainda físico de sua carne”.
A foto faz que as pessoas lembrem do seu passado e que fiquem conscientes de quem são. O conhecimento do real e a essência de identidade individual dependem da memória. A memória vincula o passado ao presente, ela ajuda a representar o que ocorreu no tempo, porque unindo o antes com o agora temos a capacidade de ver a transformação e de alguma maneira decifrar o que virá.
A fotografia captura um instante, põe em evidência um momento, ou seja, o tempo que não pára de correr e de ter transformações. Ao olhar uma fotografia é importante valorizar o salto entre o momento em que o objeto foi clicado e o presente em que se contempla a imagem, porém a ocasião fotografada é capaz de conter o antes e depois.
Confia-se, portanto, na capacidade da câmera fotográfica para guardar os instantes que se consideram valiosos. Tirar fotografias ajuda a combater o nada, o esquecimento. Para recordar é necessário reter certos fragmentos da experiência e esquecer o resto. São mais os instantes que se perdem que os que podemos conservar. Segundo Strelczenia (2001), “A memória se premia recordando, fazendo memorável; se castiga com o esquecimento ”.
Fotografa-se para recordar, porque os acontecimentos terminam e as fotografias permanecem, porém não sabemos se esses momentos foram significativos em si mesmos ou se tornaram memoráveis por terem sido fotografados.
A memória é constitutiva da condição humana: desde sempre o homem tem se ocupado em produzir sinais que permaneçam mais além do futuro, que sirvam de marca da própria existência e que lhe dêem sentido. A fotografia traz consigo mais daquilo do que se vê. Ela não somente capta imagens do mundo, mas pode registrar o “gesto revelador, a expressão que tudo resume, a vida que o movimento acompanha, mas que uma imagem rígida destrói ao seccionar o tempo, se não escolhemos a fração essencial imperceptível” (CORTÁZAR, 1986,p.30)
Todo esse campo de interpretação que a fotografia permite parte de vários fatores, ingredientes que agem profundamente (nem sempre visíveis) no significado da imagem. Segundo Lucia Santaella e Winfried Nöth (2001), esses elementos são: o fotógrafo, como agente; o fotógrafo, a máquina e o mundo, ou seja, o ato fotográfico, a fenomenologia desse ato; a máquina como meio; a fotografia em si; a relação da foto com o referente; a distribuição fotográfica, isto é, a sua reprodução; a recepção da foto, o ato de vê-la.
É no ensaio fotográfico que a pessoa busca a emoção, algo que ela nunca tenha sentido. A fotografia é capaz de ferir, de comover ou animar uma pessoa. Para cada um ela oferece um tipo de afeto. Na composição de significado da foto, segundo Barthes (1984), há três fatores principais: o fotógrafo (operator), o objeto (spectrum) e o observador (spectator). O fotógrafo lança seu olhar sobre o assunto, ele o contamina e faz as fotos segundo seu ponto de vista. O objeto (ou modelo) se modifica na frente de uma lente, simulando uma coisa que não é. No caso do observador, ele gera mais um campo de significado, lançando todo o seu repertório e alterando mais uma vez a imagem.
Barthes (1984, p. 45) observa ainda a presença de dois elementos na fotografia, aquilo que o fotógrafo quis transmitir é chamado de studium, ou seja, é o óbvio, aquilo que é intencional. Já quando há um detalhe que não foi pré-produzido pelo autor, recebe o nome de punctum. Esse último gera um outro significado para o observador, fere, atravessa, mexe com sua interpretação.
Reconhecer o studium é fatalmente encontrar as intenções do fotógrafo, entrar em harmonia com elas, aprova-las, dicuti-las em mim mesmo, pois a cultura (com que tem a ver o studium) é um contrato feito entre os criadores e os consumidores. (...) A esse segundo elemento que vem contrariar o studium chamarei então punctum. Dessa vez, não sou eu que vou busca-lo, é ele que parte da cena, como uma flecha, e vem me transpassar (BARTHES, 1984, p. 48).
Por meio das fotografias descobre-se a capacidade de obter camadas inteiras e de emoções que estão escondidas na memória. Também se pode descobrir e obter novas significações que naqueles momentos não estavam explícitas.
As imagens são aparentemente silenciosas. Sempre, no entanto, provocam e conduzem a uma infinidade de discursos em torno delas.

Fonte: http://pt.wikipedia.org/wiki/Fotografia

Fotojornalistas Internacionais

Ansel Adams: fotógrafo estadunidense, nasceu em São Francisco no ano de 1902, filho de Charles Hitchcook Adams, um homem de negócios e Olive Bray. Aos doze anos mostra um grande talento musical, aprendendo sozinho a tocar piano. Em 1916 realiza fotografias no Parque Nacional de Yosemite, numa viagem com a família, usando uma Kodak Nº 1 Box Brownie que ganhou de presente dos pais. Adams voltaria todo ano para lá até o final de sua vida, suas fotografias mais conhecidas são as desse parque, principalmente as do grande monólito.

Felice Beato (nascido a 1825 ou 1834 e falecido, provavelmente, em 1907) foi um fotógrafo Ítalo-britânico. Foi um dos primeiros a fotografar a Ásia Oriental e um dos primeiros fotojornalistas de guerra. Também é conhecido pelos seus retratos, vistas e panorâmicas de alguns pontos notáveis da arquitectura e paisagem da Ásia e do Mar Mediterrâneo. Como viajou por diversos locais, teve a oportunidade de criar imagens poderosas e perenes relacionadas com povos, culturas e acontecimentos estranhos para a maioria dos povos ocidentais. É graças ao seu trabalho que hoje temos imagens de acontecimentos como a Rebelião Indiana de 1857 e da Segunda Guerra do Ópio. As suas fotografias representam a primeira obra substancial do que viria a ser o fotojornalismo. Teve um impacte importante em outros fotógrafos, especialmente no Japão, onde deixou uma marca profunda entre discípulos fotográfos e artistas.

Henri Cartier-Bresson (22 de agosto de 1908, Chanteloup-en-Brie, Senie-et-Marne, França — 2 de agosto de 2004, Cereste, Vaucluse, França) foi um dos mais importantes fotógrafos do século XX, considerado por muitos como o pai do Fotojornalismo.
Cartier-Bresson era filho de pais de uma classe média (família de industriais têxteis), relativamente abastada. Quando criança ganhou uma câmera fotográfica Box Brownie, com a qual produziu inúmeros instantâneos. Sua obsessão pelas imagens levou-o a testar uma câmera de filme 35mm. Além disto, Bresson também pintava e foi para Paris estudar artes em um estúdio. Em 1931, aos 22 anos, Cartier-Bresson viajou à África, onde passou um ano como caçador. Porém, uma doença tropical obrigou-o a retornar à França. Foi neste período, durante uma viagem a Marselha, que ele descobriu verdadeiramente a fotografia, inspirado por uma fotografia do húngaro Martin Munkacsi, publicada na revista Photographies (1931), mostrando três rapazes negros a correr em direção ao mar, no Congo.
Quando eclodiu a Segunda Guerra Mundial, Bresson serviu o exército francês. Durante a invasão alemã, Bresson foi capturado e levado para um campo de prisioneiros de guerra. Tentou por duas vezes escapar e somente na terceira obteve sucesso. Juntou-se à Resistência Francesa em sua guerrilha pela liberdade.
Quando a paz se restabeleceu, Cartier-Bresson, em 1947, fundou a agência fotográfica Magnum junto com Bill Vandivert, Robert Capa, George Rodger e David Seymour "Chim". Começou também o período de desenvolvimento sofisticado de seu trabalho. Revistas como a Life, Vogue e Harper's Bazaar contrataram-no para viajar o mundo e registrar imagens únicas. Da Europa aos Estados Unidos da América, da Índia à China, Bresson dava o seu ponto de vista especialíssimo. Tornou-se também o primeiro fotógrafo da Europa Ocidental a registrar a vida na União Soviética de maneira livre. Fotografou os últimos dias de Gandhi e os eunucos imperiais chineses logo após a Revolução Cultural. Na década de 1950, vários livros com seus trabalhos foram lançados, sendo o mais importante deles "Images à la Sauvette", publicado em inglês sob o título "The Decisive Moment" (1952). Em 1960, uma megaexposição com quatrocentos trabalhos rodou os Estados Unidos em uma homenagem ao nome forte da fotografia.

Pierre Edouard Leopold Verger (Paris, 4 de novembro de 1902 — Salvador, 11 de fevereiro de 1996) foi um fotógrafo e etnólogo autodidata franco-brasileiro. Assumiu o nome religioso Fatumbi.
Era também babalawo (sacerdote Yoruba) que dedicou a maior parte de sua vida ao estudo da diáspora africana - o comércio de escravo, as religiões afro-derivadas do novo mundo, e os fluxos culturais e econômicos resultando de ir para África.
Até a idade de 30 anos, depois de perder a família, Pierre Verger levou a carreira de fotógrafo jornalístico.
A Fotografia em preto e branco era sua especialidade. Usava uma máquina Rolleiflex que hoje se encontra na Fundação Pierre Verger.
Na cidade de Salvador, apaixonou-se pelo lugar e pelas pessoas, e decidiu por bem ficar. Tendo se interessado pela história e cultura local, ele virou de fotógrafo errante a investigador da diáspora africana nas Américas. Em 1949, em Ouidah, teve acesso a um importante testemunho sobre o tráfico clandestino de escravos para a Bahia: as cartas comerciais de José Francisco dos Santos, escritas no século XIX.
As viagens subseqüentes dele são enfocadas nessa meta: a costa ocidental da África e Panamaribo (1948), Haiti (1949), e Cuba (1957). Depois de estudar a cultura Yoruba e suas influências no Brasil, Verger se tornou um iniciado da religião Candomblé, e exerceu seus rituais.
Verger continuou estudando e documentando sobre o assunto escolhido até a sua morte em Salvador, com a idade de 94 anos. Durante aquele tempo ele se tornou professor na Universidade Federal da Bahia em 1973, onde ele era responsável pelo estabelecimento do Museu Afro-brasileiro em Salvador; e serviu como professor visitante na Universidade de Ifé, na Nigéria.
Na entidade sem fins lucrativos Fundação Pierre Verger em Salvador, que ele estabeleceu e continuou seu trabalho, guarda mais de 63,000 fotografias e negativos tirados até 1973, como também os documentos dele e correspondência.

sábado, 8 de setembro de 2007

Fotojornalistas Brasileiros

Antonio Augusto Fontes: Nasceu em João Pessoa, Paraíba, em 1948, o fotógrafo Antonio Augusto Fontes viveu de 1971 a 1973 nos Estados Unidos, realizando o ensaio A América e os Americanos. Em 1974 estabeleceu-se no Rio de Janeiro. De 1975 a 1980 consultor técnico do arquivo fotográfico do Centro de Pesquisa e Documentação da Fundação Getúlio Vargas e do Arquivo Nacional. Trabalhou como fotógrafo das revistas Veja (1982 a 1984), Exame (1982 a 1984) e IstoÉ (1984 a 1986).

Emidio Luisi: Nasceu em Sacco, no Sul da Itália, em 1947, com 7 anos de idade o fotógrafo Emidio Luisi radicou-se no Brasil. Começou a fotografar no final da década de 70, especializando-se em fotojornalismo, etnofotografia, espetáculos de dança e teatro. Coordena oficinas de ensino de fotografia em várias cidades brasileiras. Recebeu o XI Prêmio Abril de Fotojornalismo. Dirige a Agência Fotograma de Fotojornalismo e Documentação em São Paulo.

Juca Martins: Nasceu em Barcelos, Portugal, em 1949, vive em São Paulo desde 1957. Inicia carreira de fotojornalista em 1969, tendo atuado nos principais veículos de comunicação do País. Em 1979 fundou a Agência F4; no final da década de 80 registrou intensamente a repressão policial aos movimentos sindicalistas paulistas, tendo recebido, entre outros, os prêmios Esso de Fotografia, Wladimir Herzog de Direitos Humanos e, por duas vezes, o Internacional Nikon. Atualmente dirige a agência Olhar Imagem em São Paulo. www.olharimagem.com

Juvenal Pereira: Nasceu em Romaria, Minas Gerais, em 1946, iniciou carreira como fotógrafo free-lancer para os jornais de Belo Horizonte e na sucursal da revista O Cruzeiro. De 1971 a 1974 trabalhou na sucursal de O Cruzeiro de Salvador, Bahia. Em 1974 viveu no Rio Grande do Sul, registrando a vida e os costumes gaúchos, e, neste período, trabalhou como free-lancer para o jornal Zero Hora, de Porto Alegre. Viveu em Brasília de 1975 a 1981, fotografando para as revistas Veja e IstoÉ e para os jornais Correio Braziliense, Diário de Brasília e Jornal de Brasília. Um dos fundadores da União dos Fotógrafos de Brasília, do Núcleo dos Amigos da Fotografia (Nafoto), em São Paulo, e criador do evento bienal Mês Internacional da Fotografia. Vive em São Paulo desde 1981, onde fotografa como free-lancer para jornais e revistas do País e do exterior.

Marcos Prado: Nasceu no Rio de Janeiro, em 1961, é formado em fotografia pelo Brooks Institute of Photography de Santa Barbara (EUA). De volta ao País em 1987, trabalhou até 1992 como fotógrafo da revista Trip. Neste período empreendeu várias viagens ao Oriente, engajando-se, com seu trabalho, na causa da independência do Tibet. Até 1995, desenvolvendo uma extensa documentação étnica e política da população deste País. Como free-lancer, tem fotografado para os jornais Folha de S. Paulo, Jornal do Brasil e O Globo, e para as revistas estrangeiras The Look, Sunday Times e International Magazine of Photojournalism.

Evandro Teixeira: Fotógrafo do carioca Jornal do Brasil desde 1963, cobriu a morte de Pablo Neruda no Chile e publicou livros sobre o centenário de Canudos. Outras coberturas fotográficas famosas foram a da Passeata dos Cem Mil e o confronto entre estudantes e a polícia na Candelária, no Rio, eventos marcantes durante os Anos de Chumbo.

José Medeiros: "Pioneiro do fotojornalismo no Brasil". A respeito, veja o livro "Olho da Rua -- O Brasil nas Fotos de José Medeiros; Aprazível Edições; 228 páginas. (Revista Veja, 02.11.2005, pág. 114).

Sebastião Ribeiro Salgado (Aimorés, 8 de fevereiro de 1944) é um fotógrafo brasileiro reconhecido mundialmente por seu estilo único de fotografar.
Nascido em Minas Gerais, é um dos mais respeitados fotojornalistas da atualidade. Nomeado como representante especial do UNICEF em 3 de abril de 2001, dedicou-se a fazer crônicas sobre a vida das pessoas excluídas, trabalho que resultou na publicação de dez livros e realização de várias exposições, tendo recebido vários prêmios e homenagens na Europa e no continente americano.
"Espero que a pessoa que entre nas minhas exposições não seja a mesma ao sair" diz Sebastião Salgado. "Acredito que uma pessoa comum pode ajudar muito, não apenas doando bens materiais, mas participando, sendo parte das trocas de idéias, estando realmente preocupada sobre o que está acontecendo no mundo”.
Formado em economia pela Universidade de São Paulo, trabalhou na Organização Internacional do Café em 1973,e trocou a economia pela fotografia após viajar para a África levando emprestada a câmera fotográfica de sua mulher, Lélia Wanick Salgado. Seu primeiro livro, Outras Américas, sobre os pobres na América Latina, foi publicado em 1986. Na seqüência, publicou Sahel: O Homem em Pânico (também publicado em 1986), resultado de uma longa colaboração de quinze meses com a ONG Médicos sem Fronteiras cobrindo a seca no Norte da África. Entre 1986 e 1992, ele concentrou-se na documentação do trabalho manual em todo o mundo, publicada e exibida sob o nome Trabalhadores, um feito monumental que confirmou sua reputação como fotodocumentarista de primeira linha. De 1993 a 1999, ele voltou sua atenção para o fenômeno global de desalojamento em massa de pessoas, que resultou em Êxodos e Retratos de Crianças do Êxodo, publicados em 2000 e aclamados internacionalmente.
Na introdução de Êxodos, escreveu: "Mais do que nunca, sinto que a raça humana é somente uma. Há diferenças de cores, línguas, culturas e oportunidades, mas os sentimentos e reações das pessoas são semelhantes. Pessoas fogem das guerras para escapar da morte, migram para melhorar sua sorte, constroem novas vidas em terras estrangeiras, adaptam-se a situações extremas…" Trabalhando inteiramente com fotos em preto e branco, o respeito de Sebastião Salgado pelo seu objeto de trabalho e sua determinação em mostrar o significado mais amplo do que está acontecendo com essas pessoas criou um conjunto de imagens que testemunham a dignidade fundamental de toda a humanidade ao mesmo tempo que protestam contra a violação dessa dignidade por meio da guerra, pobreza e outras injustiças.
Ao longo dos anos, Sebastião Salgado tem contribuído generosamente com organizações humanitárias incluindo o Fundo das Nações Unidas para a Infância (UNICEF), o Alto Comissariado das Nações Unidas para os Refugiados, (ACNUR), a Organização Mundial da Saúde (OMS), a ONG Médicos sem Fronteiras e a Anistia Internacional.Com sua mulher, Lélia Wanick Salgado, apóia atualmente um projeto de relorestamento e revitalização comunitária em Minas Gerais.
Em setembro de 2000, com o apoio das Nações Unidas e do UNICEF, Sebastião Salgado montou uma exposição no Escritório das Nações Unidas em Nova Iorque, com 90 retratos de crianças desalojadas extraídos de sua obra Retratos de Crianças do Êxodo. Essas impressionantes fotografias prestam solene testemunho a 30 milhões de pessoas em todo o mundo, a maioria delas crianças e mulheres sem residência fixa. Em outras colaborações com o UNICEF, Sebastião Salgado doou os direitos de reprodução de várias fotografias suas para o Movimento Global pela Criança e para ilustrar um livro da moçambicana Graça Machel, atualizando um relatório dela de 1996, como Representante Especial das Nações Unidas sobre o Impacto dos Conflitos Armados sobre as Crianças. Atualmente, em um projeto conjunto do UNICEF e da OMS, ele está documentando uma campanha mundial para erradicação da poliomielite.
Sebastião Salgado foi internacionalmente reconhecido e recebeu praticamente todos os principais prémios de fotografia do mundo como reconhecimento por seu trabalho. Fundou em 1994 a sua própria agência de notícias, "a Imagens da Amazónia" , que representa o fotógrafo e seu trabalho. Salgado e sua esposa Lélia Wanick Salgado vivem atualmente em Paris, autora do projecto gráfico da maioria de seus livros. O casal tem dois filhos.

Fotojornalismo no Brasil

O mercado editoral brasileiro, mesmo incipiente, já existia desde o século XIX, com publicações das mais diversas (Sussekind, 1987) Em 1900 é publicada a Revista da Semana, primeiro periódico ilustrado com fotografias. Desde então os títulos se multiplicaram como também o investimento nesse tipo de publicação. Um exemplo disso é o aparecimento, em 1928, da revista O Cruzeiro, um marco na história das publicações ilustradas (Mauad, 1999).

A partir da década de 1940, O Cruzeiro reformulou o padrão técnico e estético das revistas ilustradas apresentando-se em grande formato, melhor definição gráfica, reportagens internacionais elaboradas a partir dos contatos com as agências de imprensa do exterior e, em termos estritamente técnicos, a introdução da rotogravura, permitindo uma associação mais precisa entre texto e imagem. Toda essa modernização era patrocinada pelos Diários Associados, empresa de Assis Chateaubriand, que passa a investir fortemente na ampliação do mercado editorial de publicações periódicas.

A nova tendência inaugurada por O Cruzeiro, encetou uma reformulação geral nas publicações já existentes obrigando-as a modernizar a estética de sua comunicação. Fon-Fon, Careta, Revista da Semana, periódicos tradicionais adequaram-se ao novo padrão de representação, que associava texto e imagem na elaboração de uma nova forma de fotografar: o fototojornalismo.

Assumindo o modelo internacional, sob forte influência da revista Life, o fotojornalismo de O Cruzeiro criou uma escola que tinha entre os seus princípios básicos a concepção do papel do fotógrafo como 'testemunha ocular' associada à idéia de que a imagem fotográfica podia elaborar uma narrativa sobre os fatos. No entanto, quando os acontecimentos não ajudavam, encenava-se a história.

O texto escrito acompanhava a imagem como apoio, que no mais das vezes, ampliava o caráter ideológico da mensagem fotográfica. Daí as reportagens serem sempre feitas por um jornalista, responsável pelo texto escrito, e por um repórter fotográfico, encarregado das imagens, ambos trabalhando conjuntamente. No entanto, somente a partir dos anos 40 o crédito fotográfico será atribuído com regularidade nas páginas de revistas e jornais.

Uma dupla em especial ajudou a consolidar o estilo da fotorreportagem no Brasil: David Nasser e Jean Manzon, a primeira dupla do fotojornalismo brasileiro, protagonistas de histórias onde encenavam a própria história (Carvalho, 2002, Costa, 1996). Além de Manzon, outros fotógrafos contribuíram para a consolidação da memória fotográfica do Brasil contemporâneo, tais como: José Medeiros, Flávio Damm, Luiz Pinto, Eugenio Silva, Indalécio Wanderley, Erno Schneider, Alberto Jacob, entre outros que definiram uma geração do fotojornalismo brasileiro.

A fotorreportagem marcou época na imprensa ilustrada respondendo à demanda de seu tempo. Um tempo onde a cultura se internacionalizava e a história acelerava seu ritmo no descompasso das guerras e conflitos sociais. Em compasso com a narrativa de imagens, os acontecimentos recuperaram a sua força de representação, a ponto de se poder contar a história contemporânea através dessas imagens.

No entanto, para explicar essa história, o historiador não pode bancar o ingênuo. Há que se tomar a imagem do acontecimento como objeto da história, como documento/monumento, como verdade e mentira. Indo de encontro à memória construída sobre os eventos, porque a história a desmonta, a desnaturaliza apontando todo o caráter de construção, comprometimento e subjetividade.

Este texto faz parte da pesquisa "Através da imagem: História e memória do fotojornalismo no Brasil contemporâneo” financiada pelo CNPq, 2002-2004.

Ana Maria Mauad

Fonte: http://www.comciencia.br/reportagens/memoria/12.shtml

Visão periférica

Com o passar dos tempos os repórteres-fotográficos desenvolvem o que podemos chamar de visão periférica, uma graduação maior de visão. Os graus de visão do repórter aumenta por ter que cuidar à distancia e próximo, exemplo claro disso é o futebol, onde ambos extremos são utilizados.

FOTOJORNALISMO INDEPENDENTE

A idéia do fotojornalismo independente surgiu na França após a II Guerra Mundial. Formou-se agencia de fotografos com um mesmo objetivo: ter liberdade de pauta, discutir os trabalhos realizados, se aprofundar nas reportagens e sobretudo lutar pelos direitos autorais e a posse dos negativos originais. A Agência Cooperativa Magnum, fundada em 1947 em Paris, por quatro fotografos: Henri Cartier-Bresson, Robert Capa, David Seymour e George Rodger, foi a pioneira. O movimento de reconstrução da Europa e o progresso tecnológico exigido pela destruição da guerra proporcionaram a criação de uma forma nova de fazer e comercializar a fotografia e discutir sua função. Paris, pela sua importância geográfica e ideológica, facilitava isso. A criação dessa nova forma de agenciar imagens viria modificar toda a história do fotojornalismo no mundo.

AGÊNCIAS DE NOTÍCIAS

Com o tempo, as Agências de Notícias proliferaram-se, e hoje muitos jornais de pequeno e médio porte criam agências, agenciando seus fotógrafos para venda de seus trabalhos e em redes de jornais a circulação interna das fotografias.Podemos observar sobre as imagens a agência ou a abreviatura.

PAPARAZZI

Com a História da morte da princesa Diana se criou um folclore sobre os Paparazzi, esses fotógrafos de ocasião podem chegar a ficar famosos em virtude de suas fotos. Estar a posto com uma câmara na mão basta para registrar uma imagem que pode render muito dinheiro, e também reputação.

CRÉDITO FOTOGRÁFICO - DIREITO AUTORAL

No Brasil a lei do direito autoral garante ao fotógrafo, pode ser a primeira de sua vida, mas que tenha o nome do seu autor. Ao observarmos as publicações de renome e as que são dignas publicam num cantinho da fotografia o nome do fotógrafo, mesmo que acompanhado de possível Agência de Notícias, bem como seu veículo de comunicação. O crédito fotográfico obrigatório em todas as publicações, mundialmente conhecido como tal onde o nome do fotógrafo deve constar na obra.

FOTOGRAFIA PUBLICADA

Na maioria dos meios de comunicação os fotógrafos independentes ganham por foto publicada, então, se enviam dezenas de fotografias e só uma for publicada só receberão por ela. Para muitos, principalmente quem está iniciando é algo muito bom ver seu crédito fotográfico.

Fonte: http://pt.wikipedia.org/wiki/Fotografia

Contexto histório do Fotojornalismo

Os grandes e não tão grandes fatos que marcaram a história do século XX foram registrados pela câmera fotográfica de reportes atentos ao calor dos acontecimentos.
A fotografia entrou para os jornais diários em 1904, com a publicação de uma foto no jornal inglês, Daily Mirror. Um atraso de mais de vinte anos em relação às revistas ilustradas, que já publicavam fotografias desde a década de 1800 (Souza, 2000. Freund, 1989). No entanto, a entrada da fotografia no periodismo diário, traduz uma mudança significativa na forma do público se relacionar com a informação, através da valorização do que é visto. O aumento da demanda por imagens promoveu o estabelecimento da profissão do fotógrafo de imprensa, procurada por muitos ao ponto da revista Collier’s, em 1913 afirmar: “hoje em dia é o fotógrafo que escreve a história. O jornalista só coloca o rótulo” (Lacayo e Russel, 1990, p. 31. Cit. Souza 2000, p. 70).

Uma afirmação bastante exagerada, tendo em vista o fato de que somente a partir dos anos 1930 o conceito de fotorreportagem estaria plenamente desenvolvido. Nas primeiras décadas do século, as fotografias eram dispostas nas revistas de modo a traduzir em imagens um fato, sem muito tratamento de edição. Em geral, eram publicadas todas do mesmo tamanho, com planos amplos e enquadramento central, o que impossibilitava uma dinâmica de leitura, como também não estabelecia a hierarquia da informação visual (Souza, 2000, p. 70).

Foi somente no contexto de ebulição cultural da Alemanha dos anos 1920, que as publicações ilustradas, principalmente as revistas, ganhariam um novo perfil, marcado tanto pela estreita relação entre palavra e imagem, na construção da narrativa dos acontecimentos, quanto pelo posicionamento do fotógrafo como testemunha despercebida dos acontecimentos. Eric Salomon (1928- 1933) foi o pioneiro na conquista do ideal da testemunha ocular que fotografa sem ser notado. No prefácio de seu livro Contemporâneos célebres fotografados em momentos inesperados, publicado em 1931, ele enunciou as qualidades do fotojornalista, dentre elas as principais seriam uma paciência infinita e astúcia para driblar todos os obstáculos na conquista da imagem certa para sintetizar o acontecimento tratado.

Solomon foi responsável pela fundação da primeira agência de fotógrafos, em 1930, a Dephot, preocupado em garantir a autoria e os direitos das imagens produzidas. Questão que se prolonga até os dias de hoje, nos meios de fotografia de imprensa. Em todo caso, foi através de iniciativas independentes como essas que a profissão do fotógrafo de imprensa foi ganhando autonomia e reconhecimento. Associado à Salomon em sua agência estavam: Felix H. Man, além de André Kertesz e Brassai.

A narrativa através de imagem passaria a ser ainda mais valorizada quando surge o editor de fotografias. O editor, figura que surgiu nos anos 1930, originou-se do processo de especialização de funções na imprensa e passou a ser o encarregado de dar um certo sentido às notícias, articulando adequadamente palavras e imagens, através do título, da legenda e de breves textos que acompanhavam as fotografias. A teleologia narrativa das reportagens fotográficas tinha como objetivo capturar a atenção do leitor, ao mesmo tempo em que o instruía na maneira adequada de ler a imagem. Stefan Lorant, que já havia trabalhado em diversas revistas alemãs foi o pioneiro na elaboração do conceito de fotorreportagem (Costa, 1993, p. 82).

Lorant rejeitava a foto encenada, ele, ao invés, vai fomentar a fotorreportagem em profundidade sobre um único tema. Nessas reportagens, geralmente apresentadas ao longo de várias páginas, fotografias detalhadas são agrupadas em torno da foto central. Esta tinha por missão sintetizar os elementos de uma 'estória' que Lorant pedia aos fotojornalistas que contassem em imagens. Uma fotorreportagem, segundo tal concepção, deveria ter um começo e um fim, definidos pelo lugar, tempo e a ação (Souza, 2000, p. 80).

Com a ascensão do nazismo os fotógrafos deixaram a Alemanha, Salomom é morto em Auschswitz, alguns deles, dentre os quais o húngaro Andrei Friemann, que assume o pseudônimo de Capa, foram para França onde, em 1947, fundaram a agência Magun, outros, como Lorant, se exilam na Inglaterra, assumindo a direção de importantes periódicos, tais como Weekly Iillustrated. Posteriormente, com o acirramento do conflito, seguiram para os EUA, trabalhando junto às revistas Life, Look e Time (1922).

O período entre guerras foi também o de crescimento do fotojornalismo norte-americano. Destacando-se, nesse contexto, o aparecimento dos grandes magazines de variedades como a Life (1936) e a Look (1937). A primeira edição da revista Life saiu em 11 de novembro de 1936, com tiragem de 466 mil exemplares e com uma estrutura empresarial que reunia, em 17 seções, renomados jornalistas e fotógrafos da sensibilidade de um Eugene Smith.

Criada no ambiente do New Deal, a Life foi projetada para dar sinais de esperança ao consumidor, tratando, em geral de assuntos que interessavam às pessoas comuns. Objetivava ser uma revista familiar, que não editava temas chocantes, identificando-se ideologicamente com: a ética cristã, a democracia paternalista, a esperança num futuro melhor com esforço de todos, trabalho e talento recompensados, apologia da ciência, exotismo, sensacionalismo e emotividade temperada por um falso humanismo (Luiz Espada, cit. Por Souza, 2000, p. 107).

A geração de fotógrafos que se formaram, a partir da década de 1930, atuou num momento no qual a imprensa era o meio por excelência para se ter acesso ao mundo e aos acontecimentos. Essa geração de fotógrafos exerceu uma forte influência na forma como a história passou a ser contada. As concerned photographs, fotografias de forte apelo social, produzidas a partir do estreito contato com a diversidade social, conformaram o gênero também denominado de documentação social. Projetos associados à rubrica de documentação social são bastante variados, mas em geral se associam a uma proposta institucional, oficial ou não.

Um famoso exemplo de fotografia engajada num projeto oficial foi o da FSA (Farm Security Administration), uma agência de fomento governamental, dirigida por Roy Stryker, através da qual a vida rural e urbana foi registrada (e devassada) pelos mais renomados fotógrafos do período: Dorothea Langue, Margareth Bourke-White, Russel-lee, Walker Evans, etc.

Por outro lado, o aumento constante da busca por imagens conduziu à multiplicação de agências de imprensa em todos os países. Elas empregavam fotógrafos ou estabeleciam contratos com fotógrafos independentes. Em geral as agências ficavam com grosso do lucro obtido com a venda das fotos e o fotógrafo, responsável por todos os riscos, não tinha controle sobre essa venda.

Esse foi um dos motivos pelos quais, em 1947, Robert Capa, juntamente com outros fotógrafos, fundou a Agência Magnum. Para esse grupo, a fotografia não era apenas um meio para ganhar dinheiro. Aspiravam a exprimir, através da imagem, os seus próprios sentimentos e idéias de sua época. Rejeitavam a montagem e valorizavam o flagrante e o efeito de realidade suscitado pelas tomadas não posadas, como marca de distinção de seu estilo fotográfico. Em geral os participantes dessa agência eram adeptos da Leica, uma câmera fotográfica de pequeno porte que prescindia de flash para as suas tomadas, valorizando com isso o efeito de realidade.

Em ambos os exemplos, o que se percebe é a construção de uma comunidade de imagens em torno de determinados temas, acontecimentos, pessoas, ou lugares, podendo inclusive cruzar tais categorias. Tais imagens corroboram, em grande medida, o processo de construção de identidades sociais raciais, políticas, étnicas, nacionais, etc, ao longo do século XX.

Fonte: http://www.comciencia.br/reportagens/memoria/12.shtml

O que é Fotojornalismo?

Fotojornalismo é a prática do jornalismo por meio da linguagem fotográfica em substituição à linguagem verbal. O fotojornalismo preenche função bem determinada e tem características próprias. O impacto é elemento fundamental. A informação é imprescindível, assim como o elemento de atualidade e interesse social. É na fotografia de imprensa, um braço da fotografia documental, que se dá um grande papel da fotografia de informação, o fotojornalismo.

É no fotojornalismo que a fotografia pode exibir toda a sua capacidade de transmitir informações. E essas informações podem ser passadas, com beleza, pelo simples enquadramento que o fotógrafo tem a possibilidade de fazer. Nada acontece hoje nas comunicações impressas sem o endosso da fotografia. Existem, basicamente, três gêneros de fotografia jornalística:

1. As fotografias sociais: Nessa categoria estão incluídas a fotografia política, de economia e negócios e as fotografias de fatos gerais dos acontecimentos da cidade, do estado e do país, incluindo a fotografia de tragédia.

2. As fotografias de esporte: Nessa categoria, a quantidade de informações é o mais importante e o que influi na sua publicação.

3. As fotografias culturais: Esse tipo de fotografia tem como função chamar a atenção para a notícia antes de ela ser lida e nisso a fotografia é única.

4. As fotografias policiais: muitos, quase todos os jornais exploram do sensasionalismo para mostrar acidentes com morte, marginais em flagrante, para vender mais jornais e fazer uma média com os assinantes. Pode-se dizer que há uma rivalidade entre os jornais para ver qual aquele que mostra a cena mais chocante num assalto, morte, acidente de grande vulto.

A fotografia em preto e branco, publicada em jornais, existe há mais de cem anos e é uma das características do fotojornalismo. Embora a fotografia colorida tenha ganhado espaço nessa categoria, no início dos anos 70 com as revistas semanais como VEJA e LEIA (revistas brasileiras).

Fonte: http://pt.wikipedia.org/wiki/Fotojornalismo

quinta-feira, 9 de agosto de 2007

Pierre Verger



Pierre Verger foi fotógrafo, etnólogo e babalaô, sobreviveu exclusivamente da fotografia, negociava suas fotos com jornais, agências e centros de pesquisas. Trabalhou para as melhores publicações da época, mas nunca almejou a fama, era um viajante. Foi seduzido pela hospitalidade e riqueza cultural da Bahia, acabou ficando por lá, gostava da companhia do povo e dos lugares mais simples. Os negros se tornaram personagens das suas fotos, seus amigos, cujas vidas Verger buscou conhecer com detalhes. A foto acima, mostra a vida desse povo, de sua cultura, onde o fotográfo buscou retratar sua cultura, seus costumes.

Pierre Verger



Interessou-se pelos aspectos culturais decorrentes da diáspora negra no Novo Mundo. Inicia uma pesquisa sobre o culto dos orixás e sobre as influências econômicas e culturais do tráfico de escravos. Intensifica suas investigações sobre a etnia ioruba, sua influência na cultura baiana e as ligações que estabelecem entre si.

Pierre Verger



A África Ocidental e a Bahia passaram a ser os temas centrais de suas pesquisas e sua obra, ele passou a viver como um mensageiro entre esses dois lugares. A relação de Verger com a cultura negra aos poucos ultrapassa o interesse intelectual. Envolve-se profundamente com o candomblé, onde é aceito e iniciado, e onde passa a exercer funções.

Cartier Bresson



Cartier, adora a liberdade!
Na foto acima podemos perceber essa característica marcante de seu trabalho...

Cartier Bresson



Artista de Vanguarda, lírico, desenhista, literata, foto-jornalista e poeta.
Seu trabalho é baseado na naturalidade, na liberdade...

Cartier Bresson



Cartier faz poesia através da câmera fotográfica, tem graça e leveza. Suas imagens não conhecem limites, alcança além do horizonte...

A foto mostra três rapazes negros a correr em direção ao mar, no Congo.

Sebastião Salgado



Sebastião Salgado trabalha inteiramente com fotos preto e branco...
Trabalha a fotografia documental contemporânea...

Sebastião Salgado



Sebastião procura mostrar em seu trabalho a questão humanitária...
Mostrando cenas fortes, como guerra, pobreza...

Sebastião Salgado



Seu trabalho mostra as vidas dos deserdados do mundo...
Um trabalho de denúncia social, a realidade...